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Caso Benício: Médica que agiu com desprezo no atendimento ao menino é investigada por morte

Investigação trata caso como homicídio doloso qualificado; defesa nega acusações e afirma que houve atendimento imediat

Caso Benício: Médica que agiu com desprezo no atendimento ao menino  é investigada por morte
Caso Benício: Médica que agiu com desprezo no atendimento ao menino é investigada por morte (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil do Amazonas investiga a morte do menino Benício, de 6 anos, em um hospital de Manaus, após a aplicação de uma dose de adrenalina. Segundo o delegado responsável, a médica envolvida teria demonstrado “indiferença e desprezo” durante o atendimento. O caso é apurado como homicídio doloso qualificado, e a profissional vai responder ao processo em liberdade.
Segundo o delegado Marcelo Martins, titular do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP), há indícios de **homicídio doloso qualificado**, com possibilidade de dolo eventual — quando o agente assume o risco de provocar o resultado.  
De acordo com testemunhas, a médica responsável pelo atendimento teria demonstrado “indiferença e desprezo” diante da gravidade do quadro clínico da criança. A profissional foi chamada pela técnica de enfermagem quando Benício passou mal, mas não teria agido com urgência. A médica responde ao processo em liberdade.  

Defesa e investigação  
A defesa da médica nega as acusações e afirma que ela prestou atendimento imediato, solicitando um antídoto para tentar reverter a reação. Médicos ouvidos no inquérito, no entanto, esclareceram que não existe medicação capaz de neutralizar uma overdose de adrenalina, sendo possível apenas oferecer suporte clínico. Documentos hospitalares e depoimentos confirmam que o menino sofreu ao menos seis paradas cardíacas antes de morrer.  
A médica e a técnica de enfermagem envolvidas foram afastadas das funções. A investigação deve ser concluída em até 30 dias.  

O caso  
Segundo o pai, Bruno Freitas, Benício foi levado ao hospital com tosse seca e suspeita de laringite. A médica prescreveu lavagem nasal, soro, xarope e três doses de adrenalina intravenosa — 3 ml a cada 30 minutos. A família questionou a técnica de enfermagem sobre a prescrição, mas a aplicação foi realizada. Logo após a primeira dose, o menino apresentou piora súbita.  
O quadro se agravou rapidamente, levando à transferência para a UTI. Durante a intubação, Benício sofreu as primeiras paradas cardíacas. Apesar das tentativas de reanimação, o menino não resistiu e morreu às 2h55 do domingo. 


 Clamor por justiça  
“Queremos justiça pelo Benício e que nenhuma outra família passe pelo que estamos vivendo. O que a gente quer é que isso nunca mais aconteça. Não desejamos essa dor para ninguém”, declarou o pai.  



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