O que é flal? Conheça delícia com sabores amazônicos que refresca e une o povo de Parintins
Sob o calor intenso de Parintins, o flal é a refrescância que une moradores e visitantes na tradição local. O que é flal? Em Parintins, é ele quem acalent...

Sob o calor intenso de Parintins, o flal é a refrescância que une moradores e visitantes na tradição local. O que é flal? Em Parintins, é ele quem acalenta o calor do povo Em Parintins, onde Caprichoso e Garantido dividem corações e o ritmo dos tambores guia a cidade, uma certeza une moradores e visitantes: o flal. Presente em cada esquina — do beco à beira do rio, da praça da Catedral à fila do Bumbódromo —, ele é tão tradicional quanto as cores azul e vermelho dos bois ou o movimento constante dos triciclos. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp O 58º Festival Folclórico de Parintins acontece nos dias 27, 28 e 29 de junho. Neste ano, o Boi Caprichoso defende o tema “É tempo de retomada”, enquanto o Boi Garantido entra em cena com o tema "Boi do povo, boi do povão". Mais de 120 mil pessoas são esperadas no município para acompanhar o espetáculo. Feito na cozinha de casa, com suco de fruta ou groselha, açúcar e amor, o flal é congelado em saquinhos bem amarrados e vendido por R$ 1, R$ 2, no máximo. Ao redor do Brasil, o nome varia - pode ser chamado de geladinho, sacolé e até chup-chup. O g1 conversou com moradores da cidade e ninguém sabe ao certo de onde veio o nome da sobremesa. E ninguém também se importa. “Sempre foi flal”, dizem com naturalidade. É assim desde sempre — pelo menos na memória do povo. Quando chegam os turistas, curiosos em época de Festival, a pergunta é inevitável: “Mas por que flal?” E a resposta é curta, seca e definitiva: “flal é flal e acabou.” O mesmo acontece quando um parintinense sai da ilha e tenta pedir flal em Manaus ou em outro canto do país. Ninguém entende. Não adianta explicar. “Você tem que provar pra entender”, dizem. A preparação e venda flal é uma herança de família na casa da autônoma Marciele Soares, de 22 anos, que se dedica a preparar flals de cupuaçu e maracujá há mais de dez anos. "Sempre tem gente que chega e não sabe o que é e a gente tem que explicar. Da mesma forma, uma vez viajei para Manaus e perguntei se tinha flal. Ninguém entendeu", disse aos risos. O diferencial da sobremesa em Parintins está na variedade de sabores tropicais e amazônicos, como taperebá, cupuaçu, abacaxi, maracujá. "A gente vende aqui há um tempinho já e temos de maracujá e cupuaçu, que são os mais pedidos pelas pessoas. Nessa época de festival então, todo mundo curte um flal", explicou a comerciante. "É o que refresca a alma", afirmou seu Antônio Silva, que carrega o isopor pelas ruas desde os anos 90. "No calor que faz aqui, não tem ventilador que dê conta, mas um flal sempre resolve." Em uma cidade onde tudo é calor — da temperatura às emoções —, o flal é a trégua. É o sabor da infância, da resistência, do afeto. E, no fim das contas, talvez não importe tanto saber de onde vem o nome. O importante é que, em Parintins, flal é flal. E fim. Flal é bastante consumido no devido ao calor da ilha da magia Matheus Castro/g1 Amazonas Casa que vende Flal em Parintins Matheus Castro/g1 Amazonas Saiba como foi: A fé em São João que deu vida aos bois Caprichoso e Garantido em Parintins no AM