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Refugiados farão exame de português em Manaus para facilitar naturalização

Prova de proficiência em português para refugiados será aplicada em Manaus e outros seis estados no Dia Mundial do Refugiado. Exame de português ajuda refug...

Refugiados farão exame de português em Manaus para facilitar naturalização
Refugiados farão exame de português em Manaus para facilitar naturalização (Foto: Reprodução)

Prova de proficiência em português para refugiados será aplicada em Manaus e outros seis estados no Dia Mundial do Refugiado. Exame de português ajuda refugiados em Manaus a avançar na integração social Divulgação No dia 20 de junho, refugiados assistidos pela organização Educação Sem Fronteiras farão a prova de proficiência em Língua Portuguesa em Manaus e outros seis estados do Brasil. A ação é uma parceria do Instituto Yduqs com as instituições Estácio, Wyden, IBMEC e IDOMED. Em Manaus, a prova será aplicada presencialmente na unidade da Avenida Constantino Nery, nº 3693, bairro Chapada. A iniciativa representa um passo importante para a cidadania e dignidade de centenas de pessoas refugiadas no país. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp Segundo a coordenadora pedagógica do Educação Sem Fronteiras, Fernanda Garcia, o projeto busca ampliar o acesso à certificação oficial de proficiência em Língua Portuguesa para refugiados e imigrantes residentes no Brasil. “Os participantes passam por um curso preparatório de 48 horas, focado no desenvolvimento de competências linguísticas, socioculturais e de cidadania, com ênfase no Português como Língua de Acolhimento (PLAC), em nível avançado”, explica. A expectativa é que sejam emitidos 386 certificados em todo o país, incluindo a primeira aplicação presencial fora de São Paulo. Os certificados são reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) e podem ser usados como documento válido nos pedidos de naturalização de estrangeiros, conforme a Portaria 623/2020. Além do aspecto linguístico, o curso aborda temas como acesso a serviços, participação política, direitos humanos e diversidade cultural brasileira. “É uma proposta educacional que vai além da gramática, reconstruindo caminhos de pertencimento e ampliando horizontes para quem busca um novo começo no Brasil”, afirma Fernanda Garcia. O professor Dr. Murilo Borsio Bataglia, pró-reitor da Estácio Brasília e doutor em Direito Constitucional, ressalta que dominar a Língua Portuguesa é fundamental para a integração social e econômica dos refugiados. “Sem o domínio do idioma, eles enfrentam dificuldades para acessar direitos, políticas públicas, emprego e educação”, disse. Bataglia também destaca que a certificação é um diferencial competitivo e critério essencial em processos como a naturalização, mas alerta para a desigualdade no acesso a esses exames, especialmente para pessoas em vulnerabilidade econômica. “Políticas de gratuidade, descentralização e inclusão digital são urgentes”, conclui. Apesar de o Brasil ter um marco jurídico acolhedor, ele lembra que ainda faltam políticas linguísticas estruturadas e coordenadas nacionalmente. “A maioria das iniciativas está concentrada em grandes cidades e depende de universidades, institutos ou ONGs. O avanço real virá com políticas públicas permanentes e articuladas”, finaliza.